sábado, 15 de janeiro de 2011

"Tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?"

Caio Fernando Abreu, Morangos Mofados

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Equação

Oscilo. Refuto, saboto. Oscilo. Transcedo. Abro e fecho num mesmo instante. Sou e não sou o que fui antes. E me visto de paz.

Relicário - Novos Baianos III

Guria, guria
Queria, queria
Queria o que, ô guria?
Caiu pra você

Mastigue, curta, roa
Assuma numa pá
Conforme o seu atual
Estágio de animal

Ou pensas que é à toa
Que nego diz: "Ô, bicho!"
Então marcou e marcar
É pior que perder gol

E queixas só dá rugas
E vento seca, amor enxuga

Relicário - Novos Baianos II

Quando eu cheguei tudo, tudo
Tudo estava virado
Apenas viro me viro
Mas eu mesma viro os olhinhos

Só entro no jogo porque
Estou mesmo depois
Depois de esgotar
O tempo regulamentar

De um lado o olho desaforo
Que diz o meu nariz arrebitado
Que não levo para casa
Mas se você vem perto eu vou lá
Eu vou lá

No canto do cisco
No canto do olho
A menina dança
E dentro da menina
Ela ainda dança
E se você fecha o olho
A menina ainda dança
Dentro da menina
Ainda dança
Até o sol raiar
Até o sol raiar
Até dentro de você nascer

Nascer o que há!

Relicário - Novos Baianos I

Mistério Do Planeta

Vou mostrando como sou e vou sendo como posso.
Jogando meu corpo no mundo,
andando por todos os cantos
e pela lei natural dos encontros,
eu deixo e recebo um tanto.
E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.

Passado, presente,
participo sendo o mistério do planeta.

O tríplice mistério do stop,
que eu passo por e sendo ele no que
fica em cada um.

No que sigo o meu caminho
e no ar que fez e assistiu.
Abra um parênteses,
não esqueça que independente disso
eu não passo de um malandro.
De um moleque do Brasil,
que peço e dou esmolas.
Mas ando e penso sempre com mais de um,
por isso ninguém vê minha sacola.

Comer, rezar, amar

"Se você conseguir esvaziar a mente, sabe o que vai acontecer? O universo vai entrar."

Asilos Magdalena

No me des tu obediencia...por que te enseño mi cuerpo de lobo.
A donde la piel estuvo debil, con una hambre que no me deja cantar...